Diálogo II




   Prezados cursistas, a partir da explanação da professora Ana Helena Ithamar Passos, ao trabalhar temas tais como, política de branqueamento, letramento afro-racial, democracia racial, interseccionalidade e eugenia. Faça um comentário sobre a política de branqueamento no fórum para firmarmos este conceito e exponham formas de repassarmos aos nossos alunos.

24 comentários:

  1. Cursistas mas uma pergunta para juntos pensarmos a política de branqueamento, vamos amadurecer um raciocínio a cerca deste tema.

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    1. A política de branqueamento que caracterizou o racismo no Brasil foi gerada por ideologias e pelos estereótipos de inferioridade e/ou superioridade racial. Deixar uma imagem de inferioridade para que o negro não desenvolvesse o seu potencial era o objetivo da elite dominante. Desta maneira queriam propagar a falsa ideia de que não existem diferenças raciais no país e que todos aqui vivem de forma harmoniosa, sem conflitos (mito da democracia racial).

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  2. Ao participar da palestra ministrada pela professora Ana Helena pude perceber a necessidade de apresentar o tema politica de branqueamento juntamente com o tema bullyng mostrando aos alunos a formação étnica do nosso pais, a importância do povo africano, o respeito mútuo e social a partir de materiais lúdicos e sugeridos. O objetivo é resgatar em nossos alunos que todos nos temos uma identidade e que temos que respeitá-la e que respeitando nossas raízes e do povo africano, nosso formação ao longo da vida ficará com certeza cada vez mais enriquecida. (Claudenice - Hélio Polesel)

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  3. Existe uma preocupação de como as famílias em geral praticam e discutem sobre as questões raciais com seus filhos; e de como estes irão dentro da sociedade manifestar o conhecimento e ou as informações aprendidas e compreendidas dentro do ambiente familiar.
    A desinformação ou a falta da mesma ajudam a agravar a desigualdades, ocasionando situações desagradáveis que ocorrem no cotidiano. A escola, espaço de formação é uma ferramenta a mais para ajudar no processo de igualdade; uma vez que como no inicio do texto já foi falado a participação da família também e essencial; freqüentam gerações e gerações espalhando e praticando dentro e fora da sociedade os conhecimentos adquiridos.
    Para que as informações sobre as questões raciais tenham um valor significativo ainda mais forte, precisa-se trabalhar essas questões a partir das series iniciais do Ensino Fundamental; envolvendo a comunidade local para que a mesma reforce em seu meio os conceitos trabalhados em conjunto na escola, reforçando e se familiarizando com os conceitos; efetivando as praticas da igualdade dia-a-dia expandindo –as assim para outros níveis da sociedade.
    E.E. Parque Mikail – Shirlei Santana dos Santos – 11/09/2012.

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  4. Considerando que é preciso educar o indivíduo para a convivência saudável no espaço em que está inserido e trabalhando com as séries iniciais, tenho como ponto de partida que nessa fase está se dando a construção gradativa da identidade. A criança não tem preconceitos, ao contrário do adulto. Todas as ações devem estar voltadas para a formação de valores e posturas valorizando o pertencimento étnico-racial, sua história, sentimentos, ampliando a sua auto-estima. A escola possibilita a convivência com o diferente, a inclusão social e a valorização dos atributos individuais. Promovendo a discussão em rodas de conversa com a aceitação da opinião do outro, levando-os a perceber que cada um tem uma história pessoal, a começar pelo nome, suas características físicas.

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    1. Parabéns pela participação, auto autoestima é tudo para um bom relacionamento interpessoal.

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    2. Hoje mais do que nunca devemos nos preocupar em por em pratica a Lei 10639. Ao navegar li em um site sobre a lei, que a mesma não esta sendo posta em pratica em muitas escolas pelo fato de nos professores não estarmos sendo capacitados e faltarem material adequado para as pesquisas. Hoje percebi que o acessa escola é um excelente intrumento de pesquisa e a capacitação que esta ocorrendo junto a Diretoria de Ensino nos tem dado grande insentivo e motivação para pormos essa Lei em praTICA.
      pR. Renata

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  5. Dentre os mais diversos assuntos abordados sobre o continente africano, o branqueamento sempre foi o tema que mais me chama atenção. Acredito que seja por estar literalmente mais que à flor da pele.

    Assim como é difícil para quem não é negro entender a questão do branqueamento em toda sua complexidade para nós negros, com vivências tão similares de discriminação e preconceito ele passa a ser uma condição vital tanto para discussão e abordagem em sala de aula quanto para sua autoestima, formação de valores, e etc.

    Na minha opinião, duas fontes foram de vital importância para a minha compreensão e crescimento pessoal em relação a questão do branqueamento,o Filme Malcon X e o livro de Steve Biko Eu falo Aquilo que eu Quero.

    Há alguns anos atrás de tanto ouvir de alunos, da comunidade em geral e até mesmo de professores que deveria haver também um dia do branco em relação ao dia da Consciência Negra refleti o quanto as pessoas não tem dimensão do impacto da escravização dos povos africanos e o seu contexto atual tanto no Brasil, nos Estados Unidos e até mesmo no continente africano.

    Eu me recordo de ter proposto inicialmente num projeto a análise das palavras branco e negro, segundo o dicionário Aurélio, o impacto foi bastante interessante assim como ocorre no filme, quantas vezes falamos e agimos, mas não nos damos conta do impacto dessas palavras e ações? Não filtramos ou somos filtrados como sugere a instalação no Museu Afro dos coadores de café!

    Dessa forma acredito que abordar esse tema em sala, assim como ler e refletir é de vital importância para um aprendizado amplo e vasto.

    Eliane Santos Silva EE Lydia Kitz Moreira

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  6. Caros amigos não percam sexta - feira na TV BRASIL vai passar um documentário "Nova África" as 22:00 horas
    valeu

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  7. Primeiro quero parabenizar a equipe organizadora dos encontros, pela qualidade dos palestrantes eles são muito bons.Não são só teoricos,mas pessoas que estão nos trazendo com suas experiências e sensibilidades um mundo praticamente desconhecido,O CONTINENTE AFRICANO.
    Temos que refletir com nosso alunos, o precoceito, as desigualdades, as minorias que são subjulgadas sempre por sua falta de representação no poder, na mídia, em espaços de visibilidade.
    Mostrar que somos todos IGUAIS,este é ponto de partida para qualquer discusão racial.

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    1. Como todos só tenho a agradecer por essa tão rica oportunidade oferecida pela Equipe. Estou feliz por poder participar e desejo continuar nos próximos cursos. Espero que hajam outros, outros...e outros. Estes encontros tem enriquecido minhas aulas, tenho me sentido motivada a discutir a lei 10639 e sua importancia junto aos meus alunos. Hoje fomos a sala de informatica e visitamos os sites: Casa da Africa, Museu Afro, Centro de Estudos Africanos USP(CEA). Eles assistiram o coral Watoto de nosso Blog e visitaram outros caminhos onde o Tema foi Africa. Em meus discuros sempre retomo a importância da auto estima e a valorização do conhecimento sobre a ancestralidade, bem como a beleza dos penteados afro e a relevancia ao ori(cabeça) em muitas das culturs africanas. Diferentes penteados afro foram observados hoje por alguns grupos de alunos. A criança e adolescente afro se sentem a vontade quando falo do orgulho de serem afro brasileiros.
      Prof. Renata.

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  8. Concordo com a Claudenice quando ela diz que é preciso ensinar aos nossos alunos a formação étnica do nosso país
    e a importância do povo africano em nosso país. A Shirlei abordou, a preocupação de como as famílias discutem as
    questões raciais com seus filhos. Ambas foram felizes em seus comentários ao dizer que a escola precisa trabalhar
    conceitos no processo de igualdade dentro da sociedade.

    Gilzete F. de Oliveira - E.E. Parque Mikail

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  9. O nosso objetivo enquanto educadores é perceber sim que o tema política do branqueamento é muito pertinente, o negro vem sendo discriminado a décadas e somente através da lei 10639 com a implantação da àfrica no currículo é que acordamos e nos damos conta do agravamento que isso tem causado a sociedade negra que é a maioria da população brasileira, pois bem, cabe a todos nós envolvidos direta ou indiretamente com a educação tentarmos resgatar o que a mídia e os conceitos errôneos nos proporcionou e como dizem as colegas de que quando ainda pequenos não temos tamanho preconceito é encutido pela família e sociedade mal informada. Temos que trabalhar e muito para conscientizar os nossos alunos sobre a igualdade entre todos. Ilza M. S. A. Nascimento-E.E.Lydia Kitz Moreira

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    1. Concordo com você Ilza, nós professores devemos influenciar e contaminar nossos colegas de escola (professores, direção, alunos...) para que a lei 10639 seja cumprida.Débora- Odete Fernandes

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  10. Os assuntos abordados pela Prof Ana Helena nos mostrou grande significância e ao mesmo tempo uma preocupação sobre a relação racial, o conceito raça, racismo, preconceito, discriminação, democracia racial e nossa identidade. A estrutura social é perversa pois imbutiu na cabeça das pessoas sobre essas questões discutidas e é possível que pessoas negras sejam influenciadas pela ideologia do branqueamento e, assim, tendam a reproduzir o preconceito do qual são vítimas.
    O racismo imprime marcas negativas na subjetividade dos negros e também na dos que os discriminam. O conceito racial/ ideologia deve ser trabalhado na educação, só a cultura não responde, a escola deve se posicionar politicamente contra toda e qualquer forma de discriminação, com professores qualificados para o ensino das diferentes áreas de conhecimento, trabalhar o respeito, correção de posturas, atitudes e palavras preconceituosas capacitando-os não só a compreender a importância das questões relacionadas a diversidade, mas também criar estratégias pedagógicas que possam auxiliá-las e reeducá-las.
    Prof Daniela Lima - E.E. Lydia Kitz Moreira

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  11. A questão da política da eugenia no Brasil demonstra o quão grande é a influencia da ideologia europeia em nosso país, e ate mesmo nos dias de hoje a cultura da Europa marca presença em nossos costumes, obscurece e apaga de nossa visão a verdade da mestiçagem das cores no Brasil como formador de uma identidade nacional. O conjunto do negro, o vermelho e o branco formam verdadeiramente o homem brasileiro não somente em sua pele, mas também na cultura, vestimenta, tradições, língua etc. A beleza de nosso povo esta em construir nossa historia agregando a historia dos povos passados que formaram nosso país com sangue e tradições.

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  12. Nós, como professores vivenciamos em sala de aula atitudes racistas por parte de nossos alunos.
    Temos a responsabilidade e ferramentas para criarmos a transformação.
    Historicamente iniciaria com os dois momentos marcantes: período colonial e período pós-abolição. Consequências: política do branqueamento, promovida pela elite brasileira, justificada pelas teorias da superioridade do branco, eugenia, influencias da ideologia européia.
    Momento atual: conquistas do movimento negro.
    Sonia Regina Ribeiro - E.E.José Benedito Ferreira

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  13. Se cada um de nós professores conseguir-mos plantar uma sementinha em nossos alunos, para que os mesmos espalhem dentro da comunidade/sociedade os conhecimentos aprendidos; colocando-os em prática na forma de conscientização e atitude, conseguiremos a longo prazo um resultado não satisfatório, porque ainda estamos caminhando para uma conscientização absoluta colocada em prática pela sociedade em geral; mas com certeza veremos um diferencial na forma de pensar e agir das pessoas ou de uma boa parte delas.
    Shirlei Santana - E.E. Parque Mikail
    18/09/2012.

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  14. Está é a ideia da equipe, que tenhamos mais formações, e as mesmas seja repassado aos nossos pares e nossos alunos.
    Mas continue postando no forum, para firmarmos os conceitos!

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  15. concordo com a Prof. Shirlei Santana quando ela fala que devemos conscientizar nossos jovens para daí podermos transformar a nossa sociedade e assim podermos desvencilharmos das atititudes de preconceito existentes hoje de "rotular" as pessoas pelo seu tom de pele e não nos preocuparmos com o modo de pensar e compreender a realidade que é tão distinto de uma pessoa para outra pois isso depende de experiências vividas por cada indivíduo e não pela cútis que aparenta ter e sim pelo seu modo de ser.
    PROF. ALINE LIMA E. E. RECREIO SÃO JORGE II

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  16. Na realidade a sociedade tem que ser melhor preparada para esse tipo de discussão, primeiro temos que aceitar que a sociedade realmente fez essa politica de branqueamento,porém temos que direcionar as pessoas para que o individuo é especial independente de suas características físicas,portanto o respeito esta acima de todas as atitudes ditas normais.
    RAQUEL DIAS PEREIRA(E.E.PROFESSOR MARIO BOMBASSEI FILHO)

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  17. A questão do racismo no Brasil vem desde a colonização,apesar que esse sentimento vem a muito mais séculos atrás. Ao tratar desse assunto em sala de aula,temos que mostrar aos nossos alunos que cada ser humano tem sua identidade,cultura e devemos respeita-los.A criança não nasce racista, preconceituosa. Esse sentimento é desenvolvido de início no lar com a propria família e trazida para sociedade.É na sala de aula que devemos mostrar os verdadeiros valores de cada um.

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  18. Partir da concepção do termo "ideologia" se faz necessário para compreender o que a Profª Ana Helena Passos bem especificou sobre caso brasileiro:o racismo aqui é camuflado, pois já nasce juntamente com a ideia de que não somos racistas.Segundo Marilena Chauí" o ocultamento da realidade chama-se ideologia. Por seu intermédio, os dominantes legitimam as condições sociais de exploração e dominação, fazendo com que pareçam verdadeiras e justas” (CHAUÍ, 2008); e é nesses moldes que se opera a ideia de Democracia Racial no Brasil negando a desigualdade de oportunidade e tratamento entre brancos e negros. Partir das conceituações nos instrumentaliza para a discussão e possibilita ter uma postura de "vigilância epistemológica", como bem apresentou a Profª Ana Helena.
    Em nossa sociedade é muito inaceitável a ideia de uma "branquitude privilegiada", sendo esse o trabalho árduo do educador: revelar que o racismo é uma construção política produzida nas relações de poder ao longo de nosso processo histórico. O estudo de fontes primárias a cerca da "política de branqueamento" é uma porta para introduzir essa inquietação em sala de aula.
    Profª Joice da Silva Serafim
    EE Maria Apparecida Ransani Magalhães.

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  19. Boa tarde meus queridos.

    O curso acabou...
    Mas sinto-me feliz em saber que a semente foi plantada.
    Bons trabalhos a todos.

    Equipe CH. Arte

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